terça-feira, março 13, 2007

Estado miserável
















Há meio ano que a Segurança Social não paga os “subsídios de educação especial” às crianças com Necessidades Educativas Especiais.

As crianças do distrito com Necessidades Educativas Especiais (NEE), cujos pais têm dificuldades financeiras poderão ficar sem acompanhamento educativo específico. A Segurança Social não pagou ainda os “subsídios de educação especial” que financiam muitos dos gabinetes privados que dão este tipo de apoio, o que faz com que alguns possam vir a ser obrigados a interromper as sessões ou até a fechar portas por falta de verbas. O cenário é idêntico um pouco por todo o distrito e a preocupação é generalizada entre os responsáveis das instituições. «Os processos foram entregues em Setembro, no início do ano lectivo, e até agora não há pagamento nem explicações por parte da Segurança Social», confirmou o responsável de um gabinete de apoio, que, garante, está a chegar ao ”red line” no que respeita ao pagamento das despesas» e que, se a situação se arrastar por muito mais tempo, será mesmo obrigado a encerrar a actividade.

O mesmo acontece com outras instituições que estão sob a alçada do Centro Distrital de Segurança Social de Coimbra. Os responsáveis confirmaram «a grande dificuldade» que já sentem em «pagar aos colaboradores», mas, mais grave ainda, em manter a actividade e continuar a dar às crianças com NEE o apoio de que necessitam e que as respectivas escolas assumiram não terem capacidade técnica para fornecer.
«Na quase maioria dos casos, são as próprias escolas quem nos encaminham as crianças porque não têm técnicos, nem especialização, para os acompanhar», confirmou uma responsável, garantindo ainda que «há problemas que não podem ser resolvidos em meio escolar» como a Terapia da Fala, a Psicoterapia ou a Terapia Ocupacional, entre outros, que são prestados nestes gabinetes privados. Também é possível uma consulta num hospital, mas, em muitos casos, a lista de espera «ultrapassa um ano», garante.

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