terça-feira, maio 29, 2007

Mudamos para a Wordpress













Agora estamos aqui


1 comentário:

pedro malacas disse...

Agora pedem ajuda! Não seria melhor ajudarem-se a eles próprios primeiro, e ajudarem os outros também? Querem agora a ajuda daqueles para quem se borrifam. Vão pastar. A Universidade de Coimbra poderia ser realmente uma maravilha, mas não é. É um cancro. É a imagem mais visível da tacanhez do nosso país e desta cidade. É a imagem da prepotência, da arrogância, da hierarquização, da hipocrisia e das aparências. Esta cidade não vê e também não quer usar óculos. Os "doutores" que nos governam chamam-lhe a cidade do conhecimento, no fundo auto-apelidam-se como conhecedores, como mestres, como sábios. Mas que conhecimento é esse? Esse conhecimento deve estar todo na biblioteca geral, porque nas pessoas está o desconhecimento e o desinteresse. Não nos tentem enganar, já não temos um ensino universal, mas sim um ensino completamente especializado e embrutecido. Os doutores só sabem falar " da sua área " e recusam-se a conhecer mais. Os burros dos professores nunca descem da alta, nunca vão a um concerto, nunca os vemos num espectáculo, nunca participam. Acabam os seus cursinhos, e os mestrados e doutoramentos e já está! Agora lambam-me as solas dos sapatos! Acabou a procura de mais, acabou a igualdade, agora chamem-me doutor, senão chateio-me! Na realidade nunca se empenham, salvo raras excepções. Nunca se implicam. Não amam realmente a cidade, amam o estatuto que ela lhes deu. E que belo exemplo que são para os alunos, essa massa cada vez mais acéfala e desleixada. Já se falou neste blog daqueles que saem da cidade por não a suportarem mais. Esta universidade é má. Esta universidade faz mal. Os cursos são maus. Os professores cheiram ao mofo dos seus gabinetes.
Estou cheio de azedume, é verdade, mas às vezes não dá para aguentar. Vão ver o Fazedor de Teatro, uma co-produção da Camaleão e do Teuc, venham ver como é o nosso país, como é a nossa cidade. É um trabalho de que nos orgulhamos muito e que merece ser visto e ouvido. Na estreia tivemos trinta pessoas numa sala com capacidade para cento e oitenta, e quando falei com uma senhora de que veio do Norte do país, logo a seguir ao espectáculo ela perguntou-me: - é assim que Coimbra vos trata? Agora querem ajuda? Eles que nos ajudem também. Ou então não, se calhar até é melhor que não nos mostrem as fuças arrogantes. O espectáculo é na Cerca de S.Bernardo, o novo teatro municipal de que ninguém ouviu falar, no pátio da inquisição, ao lado do CAV de que ninguém ouviu falar. Serão muito bem recebidos. Oferecemos entrada grátis a quem trouxer um diploma do doutoramento. Um abraço a todos os resistentes, porque na realidade o são.

Pedro Malacas