Os 21 assistentes de sala, funcionários das bilheteiras e porteiros gerais do Teatro Académico Gil Vicente (TAGV) protestaram, ontem à noite, pelo atraso dos vencimentos. O pagamento de salários está em atraso três meses. O protesto simbólico foi realizado por ocasião do espectáculo inaugural da IX Semana Cultural da Universidade de Coimbra - um espectáculo de dança contemporânea da companhia de Olga Roriz, intitulado "Daqui em Diante".
"Pretendemos chamar a atenção dos espectadores para a nossa situação, não é objectivo prejudicar o teatro nem as pessoas que aqui trabalham", referiu Marisa Borges, porta-voz dos colaboradores do TAGV que realizaram o protesto.
O director do TAGV, Manuel Portela, refere num comunicado à imprensa, que a direcção "em reunião havida hoje na administração da Universidade de Coimbra, tem a garantia de que os meses em atraso serão processados já na próxima semana".
"A direcção do TAGV reconhece a inteira justiça do protesto e tudo fará para que os motivos que estão na sua base não voltem a ocorrer", promete ainda Manuel Portela que explica a situação com a falta de apoios para o funcionamento da instituição. "Os anos de 2005 e 2006 foram anos de expectativas goradas para o Teatro Académico de Gil Vicente. Nem o Ministério da Cultura, nem a Câmara Municipal de Coimbra reconheceram e apoiaram condignamente o serviço público prestado pelo Teatro", denuncia o director.
O TAGV "tem sido negativamente discriminado" e que a discriminação negativa "decorre não apenas do seu enquadramento jurídico peculiar mas da evidente falta de visão dos responsáveis políticos locais e nacionais no que diz respeito ao financiamento de uma instituição desta natureza", conclui o director.
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