sábado, janeiro 06, 2007

Situação de Alerta

Num documento intitulado "Situação de Alerta - (ao abrigo do disposto na Lei nº27/2006, de 3 de Julho", com logótipos da CMC e da Protecção Civil de Coimbra, datado de 29 de Dezembro de 2006 e assinado pelo sr. Presidente da CMC lê-se no ponto 2.1: "A situação de Alerta enquadra-se no princípio de PREVENÇÃO, previsto na alínea b), do art. 5º, da Lei nº27/2006, nos termos do qual os riscos de acidente grave devem ser considerados de forma antecipada, de modo a eliminar as próprias causas, ou reduzir as suas consequências e justifica-se face à IMINÊNCIA DE OCORRÊNCIA de acidente grave, por FORÇA DA DEMOLIÇÃO/DESCONSTRUÇÃO dos prédios da Baixa de Coimbra, para inserção do M.L.M." - a caixa alta na citação é minha.

Fantástico o grau de PREVENÇÃO desta CMC e Protecção Civil! Ontem, sexta-feira é quando estes serviços pagos pelos cidadãos dão conhecimento às pessoas. Tudo muito bem enquadrado com o carnaval da imprensa que antecipadamente, esses sim, por inerência de agenda "política" receberam antecipadamente a respectiva informação. Ao contrário, os habitantes em causa são informados a 05/01 e é-lhes dito que têm 48h para dali sairem. É obra!

A prevenção foi de tal ordem que as obras do MLM começaram antes das pessoas terem sido realojadas (neste momento ainda não sairam), o que é realmente uma falta de respeito pela vida humana visto que num dos parágrafos do ponto 2 do documento acima referido, se pode ler. " A demolição/desconstrução oferece risco para a segurança pública;...". Porque começaram as obras antes? Para precisão psicológica?

Parece mesmo que é um caso de "trepidação".

O reinício das demolições está previsto para segunda-feira.

Porque é que não há mais respeito pelas pessoas?

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2 comentários:

Rafael Fernandes disse...

As obras que estão a decorrer não são as que estão na origem do alerta, essa posso assegurar que ainda não começaram. Portanto não existe qualquer risco, se foram dadas 48 horas é obvio que nao se iam começar as obras depois de passarem 24. E mesmo passado o tempo, vai ser tudo fechado, e vai ser tudo verificado para não estar ninguem fora do perimetro de segurança.

Anónimo disse...

A escrita do comentarista kenshin é fluída e vale a pena tê-la em conta. Acontece que o melhor é mesmo ler o que está escrito no documento. PREVENÇÃO caro amigo!
Ou foi mesmo pressão para acelerar os habitantes que não têm advogado? Vá lá, admita que a "operação" até está a correr bem... para a Metro Mondego
Explique lá então porque razão na sexta-feira passada começaram a martelar na zona do estaleiro? Se não havia perigo o documento é falso e manobrador. Era para provocar alguma "trepidação" subliminar?
De tal ordem que se afinal as "obras" para o efeito do efeito devido ainda não começaram? Deve estar a brincar. Não me diga que foi vossa excelência que levou para casa dois dos edifícios que foram abaixo no sábado?!
Aliás as "obras" do Metro já começaram à muito tempo aliás... isto são meramente efeitos colaterais da vergonha da queda ao pé do Largo da Portagem.
Retire a água do capote mas conte sempre que ela vai cair noutra lado qualquer e... eventualmente vai degradar algo mais.
Eu sou da época dos alúviões... adorava que ainda passassem por esta cidade... com um empurrãozinhos bem que uma série de especialistas poderia ir mas é dar uma voltinha ao Cabo Mondego.
De facto sexta-feira começaram a trepidar (efeito psicológico para acelerar a retirada das pessoas); o risco afinal existia ou não?, é só escolher; no sábado mandaram abaixo duas degradadas parcelas e veja lá bem que a Lei obriga a outro comportamento! AS PESSOAS ESTÃO PRIMEIRO! Já fazendo lembrar os israelitas que são mais eficazes que vocês: metem os buldozzes a deitar abaixo sem pejo nem medida e por outras razões sobejamente conhecidas... não vire o bico ao prego. Volte a ler o que o sr. presidente da CMC escreveu, para inglês ver.

Só um reparo: já fecharam tudo e obviamente não estão nada preocupados com quem ficar "fora" do perímetro de segurança, como será óbvio, pois dentro não ficará ninguém.

Se me enganei na interpretação, lamento. Só acredito em metade do que vejo e nada mas mesmo nada do que me dizem.

Conclusão: está a ser tudo feito segundo os preceitos que a Lei manda e ponto final. Ainda nos vamos todos orgulhar da nova cara que a Baixa de Coimbra vai ter... vamos ver o que se vai passar com a Rua da Moeda. Há por lá mais moradores que na Rua Direita.
Biba o Metro, avante!