quarta-feira, maio 16, 2007

A vingança da Praxe














Um grupo de “doutores” da Faculdade de Medicina praxaram um caloiro, da mesma Faculdade, de uma forma violenta e pouco digna para quem quer ser Doutor.

Em vésperas de Queima das Fitas os Praxistas raparam os pêlos púbicos do caloiro e, ao faze-lo, terão rompido o escroto do aluno. Bizarro e doloroso, no minimo. Quem tem escroto sabe bem.

A vitima queixou-se ao Conselho de Veteranos da AAC e teme represália dos “praxistas”. Por isso, não presta declarações. Nós sabemos, de fonte segura, que a violência da praxe se deveu ao aluno ser “respondão” e ter “sangue na guelra”. Muitos estudantes da academia mostram-se chocados por esta vingança, utilizando o argumento Praxe para fazer tal barbárie.

9 comentários:

Anónimo disse...

Devo à praxe cinquenta por cento da minha integração no conjunto de colegas da UC. Praxei-me e praxei, portanto. Ao ver o que vejo e ao ler o que leio sinto profunda vergonha de ter estado dentro destes mecanismos pseudo integracionistas: ao passarem os limites da decência, expondo traumas e racalcamentos, a praxe assim envergonha-me, onze anos depois de a dizer sadıa, integrante e especial.
Pasta, fitas, capa? Depois dos inúmeros sacos azuis e, agora, depois desta palhaçada? Bid you adieu, meus caros, adeus.. já não há paciência. AJUDEM-ME E BOICOTEM ESTE DISPARATE QUE É A QUEIMA TAL COMO ELA É!!!
Carlos S. Martins

Anónimo disse...

doutor é aquele que exerce.
no meu escroto mexo eu e quem eu deixo.
qualquer atentado à minha integridade fisica´deve ser considerado crime e punivel pela lei, me3smo que não denunciado.
anonimo solidario

Anónimo disse...

Começou por ser mais um caso público de praxe violenta. No dia seguinte passou a dois. No primeiro caso, um jovem estudante viu-se "imobilizado por colegas mais velhos e alguns começaram a rapar-lhe os pêlos púbicos com uma lâmina de barbear" do que "resultou o rompimento de parte do escroto do caloiro", segundo conta um jornal diário. O outro "para além de unhas negras, resultantes de apanhar com uma colher de pau" sofreu cortes no couro cabeludo com uma tesoura enquanto lhe cortavam o cabelo, segundo outro jornal diário regional. Um apresentou queixa ao Conselho de Veteranos (CV), o outro, junto das autoridades policiais.



José Luís Jesus, dotado do "nobre título" dux veteranorum da Universidade de Coimbra, garante-nos que os agressores "estão devidamente identificados"; que ainda "esta semana serão feitas todas as averiguações"; e que caso tenha havido abusos "o CV vai até às últimas consequências". Além de se fazer passar por uma autoridade para tratar o que as leis normais, iguais para toda a gente, deveriam resolver, este estudante acrescentou ainda, em declarações mais recentes: "já sabemos que é tudo mentira! Se o estudante tem um rompimento no escroto, foi porque fez outra coisa qualquer!" Parece incrível, mas é verdade: as "leis" da praxe são feitas para proteger e fomentar a barbaridade e não precisam de grandes averiguações para "julgar" e tomar as suas "decisões".



Surge então uma pergunta: Que entidade é esta, o "CV", e as pessoas que o constituem, os "duces", que se auto reveste do poder de identificar, averiguar, julgar e condenar situações nas quais não esteve directamente envolvida? O Estado reconhece-lhe esse direito?

É inaceitável que se pense que as pessoas que praticam as praxes podem ser as mesmas a fiscalizar os actos por si praticados, e ainda para mais consideradas idóneas. Como se pertencessem a uma instituição à parte, numa proposta de mundo à parte – a Universidade. É exactamente essa proposta de Universidade-fortaleza, fechada ao mundo, que recusamos.



A sociedade vai perdendo a ilusão de que as praxes não passam de um conjunto de brincadeiras menores e que até é normal que tenham instituições próprias que a regulem. Mas se por algum motivo não tivessem acontecido cortes no escroto ou no couro cabeludo, nódoas negras e hematomas, estes casos teriam sido notícia? O CV consideraria aquela praxe admissível?

O Conselho de Veteranos talvez responda sim a esta pergunta alegando, em defesa dos agressores, que o aluno aceitou ser praxado. E novas questões se colocam: em que condições aceitou ser praxado? Foi de livre e espontânea vontade que avançou para a praxe, com o conhecimento prévio do que lhe poderia acontecer? Não foi persuadido sob nenhuma forma, física ou psicológica (e o motivo da integração adapta-se perfeitamente a este tipo de persuasão) para se submeter à vontade dos praxantes?

Infelizmente, sabemos que a coragem de não aceitar e denunciar estas violências é quase sempre "premiada" com o abandono e a hostilização das vítimas e a cumplicidade com os agressores: o passado recente mostra-nos que os responsáveis pelas escolas e pelo ministério são os primeiros a contribuir para o clima do medo e da impunidade.



O Movimento Anti "Tradição Académica" não aceita esses poderes obscuros e sem qualquer legitimidade e considera que estes casos não são acontecimentos isolados mas que acontecem devido à própria natureza da praxe. Condenamos as violências inerentes às praxes quer se tornem em casos públicos ou não. Apelamos aos estudantes que rejeitem qualquer forma de praxe, bem como todas as imposições e os poderes absurdos de estudantes sobre estudantes disfarçadas de brincadeiras e "tradição". A lei da praxe não vale nada, nem pode sobrepor-se às leis do país e ao convívio entre estudantes sem imposições, sem chefes e sem violências.

Por último, mantemos a expectativa de que o Sr. Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Prof. Mariano Gago, mantenha o perfil de indignação que já demonstrou relativamente a situações semelhantes, esperando ainda pelo momento em que verdadeiramente coloque na agenda a reflexão e acção sobre este tema. Para ele, como para toda a comunidade escolar e sociedade em geral, desistir e abreviar responsabilidades seria uma atitude inaceitável. E speremos que, à semelhança do que aconteceu noutros casos como o de Ana Sofia Damião, não seja a própria instituição escolar a querer ocultar o que se passou para manter o bom nome da casa.



--
M.A.T.A. - movimento anti "tradição académica"

Ricardo Monteiro disse...

João Luís Jesus, Dux Veteranorum do Magnum Concilium Veteranorum,numa atitude completamente contrária à do que o colocador deste manifesto teve ao vir para aqui insultar a inteligência de qualquer Q.I., por menor que seja, deu a cara e logo que soube do sucedido através do relato do caloiro aconselhou-o, a serem verdadeiros estes factos, a avançar com uma queixa-crime contra os perpretadores de tal acto bárbaro, aconselhando o nome de alguns advogados caso pretenda avançar com a queixa-crime. Manifestando todo o seu apoio e solidariedade enquanto representante do órgão máximo da praxe da Universidade de Coimbra. Fez então o que lhe competia enquanto Dux Veteranorum e depois de ouvir as duas partes envolvidas convocou um Conselho onde irão ser tomadas decisões no que à praxe diz respeito, porque como é óbvio, não é preciso ser-se muito inteligente, nem o "CV" nem o MATA nem ninguém se podem sobrepôr às leis humanas, às quais até Jesus Cristo sucumbiu.
Mais, as leis da praxe não são feitas para proteger e fomentar a barbárie e precisam de averiguações cuidadosas para julgar e tomar as suas decisões. Afinal não somos nós que penduramos bonecos representativos dos estudantes da Universidade de Coimbra das nossas casas, nem muito menos entramos pelas cantinas adentro e desatamos à porrada em todos os que têm uma opinião e uma postura de vida diferentes da nossa, nem muito menos lhes incendiamos as peças de roupa, que não são oferecidas, só para achamos que somos melhores. Nós respeitamos e exigimos tal como vocês ser respeitados.
Queres ser praxista? És. Queres ser anti-praxista? És. Agora tem de haver respeito quer pelo um lado quer pelo outro.
Sugiro-te agora que reflictas no que escreves-te no 3º parágrafo do teu comentário/manifesto.
O Estado reconhece o direito a todos os indivíduos a expressarem as suas opiniões e a tomarem os seus caminhos, aceitando as consequências dos seus actos, chamam-se a estes dois direitos livre-arbítrio e liberdade de expressão, este último parece que faz confusão a algumas pessoas.
Para terminar, toda a praxe é admissível desde que não coloque em causa a integridade física e psicológica de cada indíviduo .
A praxe serve para integrar e não para ofender ou rebaixar o ser humano.
Na praxe tal como tudo na vida tem de existir bom-senso e ponderação, a partir do momento em que existem excessos torna-se numa completa estupidez.

Ricardo Monteiro

Anónimo disse...

o que eu pergunto é qual é o limite? o bom senso individual de cada um que praxe? é que já demasiadas vezes vimos que isso não resulta. O que é que vocês querem que aconteça? proibição da praxe em decreto-lei para vocês perceberem que a praxe é desumana? E já agora: vocês precisam mesmo da praxe para conhecer pessoas? Não são capazes de o fazer sozinhos?
Pensem por favor!!!

Anónimo disse...

vou abater a paulada todos os anti-praxe k vir... mas n e pela praxe, pk iss n é praxe!!!! e por k sou livre e kero bater neles!!!! se se axam assim tao intelectualmente superiores, talvez umas mocadas pela cabeça abaixo lhes façam bem!!!
mais uma vez digo, nao é nada pela praxe, nem uma actividade praxistica... apenas apetece!!!!

Anónimo disse...

Revelaste a tua verdadeira natureza: a de atrasado mental...
Eu à espera de ver argumentos mas onde estão eles? Não há!? Apenas uma demonstração de agressividade contra quem pensa de maneira diferente. Fico a pensar como serás
tu qdo praxas e te vês confrontado com aguém que não quer ser praxado.
Desatas à porrada, não?
E já agora: se eu pensasse que era intelectualmente superior a alguém que praxa, simplesmente não me dava ao trabalho de tentar apresentar argumentos, pois acharia que não iriam entender... (quero dizer, depois da tua resposta se calhar tens razão... pelo menos em relação a ti)

Denúncia Coimbrã disse...

Queremos mediar um pouco para ver se isto não descamba tudo à stiKada.
Julgamos que há espaço para tudo e para todos. Quem quer viver a Praxe, faça o favor de curtirem. Para os que julgam que é um absurdo, tenham paciência e respeitem quer quer. Não estamos nem por uns nem por outros, queremos é sossego.
Uma solução (talvez simples); no acto na matricula o aluno escolhia se queria viver a Praxe, ou não.
Embora lá fazer um referendo???????

Anónimo disse...

Uma pessoa só pode escolher conscientemente se souber pró que vai. Assim, antes de perguntares se o caloiro quer viver a praxe ou não tens de o informar sobre tudo o que ele pode vir a ser submetido durante esse período. Depois sim podes perguntar se ele quer, ou não, ser praxado. Um "referendo" nestes moldes talvez até seja apropriado...