sexta-feira, abril 27, 2007

CMC: politica anticultural e provinciana


















Homem do teatro e conhecedor da cultura em Coimbra, Fernando Mora Ramos foi um dos programadores da Coimbra, Capital Nacional da Cultura 2003.

Em entrevista ao jornal o Campeão da Províncias refere que a “CMC tem uma politica anticultural e provinciana".

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1 comentário:

Anónimo disse...

A propósito: "Permitam-me que destaque o Conselho da Cidade e o seu Grupo de Cultura pelo trabalho verdadeiramente notável que tem vindo a fazer no âmbito da reflexão sobre a cidade e o seu panorama cultural. (...) Não sei se vou desiludir as pessoas, porque não vou fazer exactamente um balanço de Coimbra, Capital Nacional da Cultura, pois julgo que ainda não estamos no momento certo." (Abílio Hernandez, livro editado pelo Conselho da Cidade em 2005)
Na última reunião convocada pelo Conselho da Cidade, o vereador comunista disse que a análise da Capital da Cultura estava feita, referia-se certamente a esta brochura simpática em que o próprio director do evento diz ainda não ir a tempo. Agora vem o responsável pelo teatro dar a entender sem metáfora ou ironia (Coimbra é realmente uma canção), de que a Capital não deu frutos.
Não me parece que a responsabilidade exclusiva seja da Câmara Municipal de Coimbra, porque esses agradecem as palavras do vereador comunista, mas também de todos que acalentam a ideia de que está tudo analisado sobre a Capital da Cultura em Coimbra. Eu pergunto-me onde está a análise sobre a correspondência entre os objectivos desse evento e a consumação efectiva dos resultados (a brochura citada já diz algo mas, de todo, uma análise multidisciplinar profunda). Gostaria também de conhecer a análise que possa ser feita à gestão dos dinheiros do evento, de quem contribuiu para tornar tudo possível, como e quanto, e como foram os dinheiros empregues. E os espaços culturais que fez emergir, e o estado dos agentes culturais depois desse (pressuposto) empurrão, e uma análise da recepção de públicos, etc.
Espero que o Conselho da Cidade não esteja contaminado pelas entrelinhas de uma análise profunda (agora com o verdadeiro distanciamento_ ninguém precisa de morrer para isto ser possível!). Parece-me, contudo, que a posteriori, é a Câmara Municipal de Coimbra que (mais uma vez?) destruiu as ambições de fazer a cidade caminhar com a cultura como motor de arranque. Talvez seja muito por isso que perdeu a candidatura a Capital Europeia da Cultura. Mas isso, o presidente Sr. Encarnação soube despachar para a avaliação feita pelo governo (de que queriam uma Capital barata). Sr. Presidente, mais barata do que lhe custa a cultura no município?

ricardo pancas