quinta-feira, fevereiro 15, 2007

Assim...SIM!

















Lídia Pereira, do Diário As Beiras, talvez seja a jornalista que mais tem acompanhado os assuntos relativos à cultura da nossa cidade. Portanto, toda a sua opinião é alicerçada no testemunho in loco da realidade coimbrã. Leiam atentamente a opinião que tem sobre a inércia da CMC, face aos problemas na área da cultura. Manifesta-se preocupada e com falta de paciência. Nós também!

A coragem tem sempre uma utilidade. Obrigado Lídia.

1 comentário:

Anónimo disse...

O direito à indignação e a muito mais.

Só gostava que esta indignação de uma jornalista sempre preocupada com as questões da cultura e não só, que atentamente leio à anos não ficasse perdida nos movimentos de indignação que ciclicamente fazem transversais nesta cidade, como se de um tic-tac intercalado e viciante se tratasse.

O que está a acontecer, com o beneplácito de muito boa gente, há anos a esta parte, é que se silenciam, auto-censuram-se de um comportamento miserabilista e destrutivo de um bem básico - CULTURA. Todos os agentes culturais são responsáveis, cada um à sua maneira, pelo estado a que se deixou cair tudo isto. De alguym modo pactuaram.

É uma vergonha. Ontem mesmo, no programa da ESEC TV, de relance, ouvi palavras do Presidente da CMC e é brutal ouvir dizer: "formação de públicos", "capatação de públicos", sinergias, etc, etc.... Essas palavras estão escritas em qualquer projecto de qualquer estrutura de produção cultural desta cidade ou de outra e em qualquer projecto que se preze.

Estaria o sr. Presidente a falar da captação de públicos para os mamarrachos da modernidade comsumista? Estaria a falar porque leu e soava bem? Soar soa mas é dramático ver que ouvir já dá vómitos.

Mas como escreve a jornalista "parece é que Coimbra começa a não ter também tempo para inverter tanta inoperatividade."

Eu direi mais, se é que serve de alguma coisa: em Coimbra, aqueles que podem inverter o rumo das coisas são exactamente aqueles que enredados nesta teia à anos a fio, dela não querem sair (não sei se podem(?)) como se das "saias da mãe" se tratasse ou, pura e simplesmente, mamam das maminhas da vaca... magra e nela têm o seu recanto de Poder. Desculpem-me mas têm o que merecem. Se mais fosse preciso seguramente já tinham tomado as atitudes que se impõem - um boicote total a uma CMC que mais não fez que destruir muito do trabalho válido de muita gente e estruturas com provas dadas nesta cidade, no país e fora dele.

Mas nada disto interessa, tamanha é a inoperatividade. É tristeza o que sinto.